Devido à escassez de máquinas novas no mercado, os produtos usados estão sofrendo ágil de até 40%. A falta de componentes eletrônicos e de ferro fundido, usado para fazer contrapeso, provocam atraso nos produtos de fábrica. “Isso impacta diretamente o mercado de usados. Pois, para vender uma máquina nova, a concessionária, na maioria das vezes, recebe a usada como parte do pagamento.”
A explicação é de Marcelo Kozar, diretor executivo da Via Máquinas. Segundo o executivo, 70% das colheitadeiras e 58% de tratores novos recebem usados como entrada na negociação.
“A atual escassez deixa o mercado muito volátil, o que pode gerar ambiente inseguro para o comprador.”
Marcelo Kozar
Portanto, prudência é a palavra de ordem para evitar prejuízos. Muitos corretores e novas empresas se aventuraram no setor. “Sem contar os golpistas, que se aproveitam do momento”, alerta Kozar.
Se comprar um produto, por exemplo, cujo contrato de financiamento não foi quitado, vai perdê-lo. Os bancos têm excelentes “perdigueiros” atrás dessas máquinas.
Então, de acordo com Kozar, é muito importante que o produtor se arme de cuidados na hora de efetuar uma aquisição. Para evitar cair em golpes, Kozar ensina quatro passos:
Pesquisar a empresa da qual pretende adquirir a máquina. Uma busca pelo CNPJ no Google ou site da Receita Federal já permite ver a data de constituição da empresa. “Se for de menos de três anos, deve redobrar os cuidados.” Uma boa saída é comprar produtos de concessionárias ou oriundos delas, evitando corretores que não são do mercado.
Ou seja, aquela que acompanha o produto desde novo. Nela consta se há alienação do bem. Em caso positivo, é preciso pegar o número do contrato de financiamento. Com esse dado, o interessado pode ligar para o banco e verificar se o contrato foi liquidado ou ainda está ativo. Estando ativo, o bem ainda pertence à instituição financeira.
Munido desses números, verificar, junto à concessionária da marca, o histórico de cada componente.
Sempre conferir os dados do beneficiário, que devem ser os mesmos do CNPJ ou CPF do vendedor. Se tiver discrepâncias daquele com quem se está tratando, é golpe.
Kozar lembra que preços muito abaixo do mercado também são indicativos de alerta. “No entanto, não quer dizer que toda oferta é problema. Às vezes, nós mesmos conseguimos descontos aos nossos clientes, que chegam a 25%. E, agora, na Black Friday, baixamos alguns valores em até 35%.”
A perspectiva é de que o setor de máquinas usadas se normalize somente a partir o segundo semestre de 2022. Embora relatando que o momento é de facilidade nas vendas, Kozar torce pela retomada da normalidade. “Precisamos de um mercado seguro, que exige mais dedicação e emprenho. Um cenário assim recompensa os que realmente trabalham.”
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